Opinião do leitor Jornal Correio de Uberlândia
Para além de demolição-não-demolição do que foi o Teatro Grande Otelo, abandonado pela Prefeitura de Uberlândia há muitos anos, façamos campanha para que o novo Teatro Municipal, projetado por Oscar Niemeyer, venha a ser denominado TEATRO MUNICIPAL GRANDE OTELO, antes que o núcleo conservador da elite política local, com a subserviência da Câmara Municipal, venha a denominá-lo Teatro Municipal Rondon Pacheco II ou Teatro Municipal Virgílio Galassi I. Uma homenagem muito justa e oportuna para o melhor artista de Uberlândia, um dos melhores do mundo, segundo Orson Welles.
Grande Otelo — Sebastião Bernardes de Souza Prata — nasceu em Uberlândia, em 18 de outubro de 1915, e morreu em Paris, em 26 de novembro de 1993. Seus restos mortais estão aqui, num cemitério local, como ele queria. Era amigo de Oscar Niemeyer e de Jorge Amado. Sobre ele, o escritor Jorge Amado escreveu:
“Não sei de brasileiro vivo mais importante no cenário da vida nacional — seja ele político, esportista, artista, escritor — do que Sebastião Prata, pouco conhecido pelo nome inscrito no registro civil. Mas quem não conhece Grande Otelo? Os brasileiros mais célebres e amados — o poeta Drummond, o arquiteto Niemeyer, a atriz Fernanda Montenegro, o atleta Pelé, para citar apenas quatro expoentes — serão tão grandes, mas não serão maiores do que este pequeno homem de carapinha grisalha, nascido na pobreza do povo”.
Paulo Roberto Franco Andrade
Professor aposentado da UFU
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